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Uma reflexão independente sobre a mídia.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Quem vai tirar as crianças da sala?

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Toda produção artístico-cultural popular tem grande audiência. Por isso é popular. 

Se a população tem pouca instrução (educação básica) e cultura (acesso a outros repertórios, algo que só a família e a escola podem fazer), os meios de produção têm que circunscrever seus produtos a esta audiência.

Todos percebem uma modificação do próprio "padrão global" na última década, quando da ascensão das "novas classes médias", C, D, E, F, G, H. O apelo aos baixos instintos também pulula na França, nos EUA, na Dinamarca. O baixo nível da TV aberta é um fato universal. O BBB é multinacional.

Por que se demoniza a Globo? Muda de canal!

Há, porém, um ponto a ressaltar: a falta de concorrência proporcionada por uma legislação podre de velha (nosso marco regulatório da comunicação é de 1962), que permite concentrar 50% das verbas publicitárias em apenas UM conglomerado da indústria cultural (vale a pena recorrer a Adorno, que não é enfeite) - fato ÚNICO no mundo, nos países muito desenvolvidos e nos menos também.

E é este o cerne da crítica ao status quo da nossa mídia, proporcionado não por outros que não nossas "excelências", os políticos profissionais, que, aliás, pela Constituição Federal, não poderiam ter rádios e TVs, mas as possuem por meio de "laranjas", usando-as indiscriminadamente, não obedecendo o que a CF de 1988 também prescreve em seus Artigos específicos para Comunicação e para Cultura.

Quanto a "mudar de canal" - o óbvio conselho do Merval Pereira, seria preciso que as milhões de crianças que ficam "presas" em seus barracos a tarde inteira, tivessem ali a presença de pais ou responsáveis para fazê-lo. Mas os mesmos estão pendurados nos transportes urbanos correndo atrás do pão de cada dia, fugindo dos tiroteios que seus filhos assistem "ao vivo" até que eles cheguem para assistir, juntos, a "mais um campeão de audiência".

E como diria o William Homer Simpson Bonner: boa noite!
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